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Continente americano está entre as regiões mais perigosas para defensores de direitos humanos


Continente americano está entre as regiões mais perigosas para defensores de direitos humanos
Levantamento da Anistia Internacional aponta que Brasil e outros países próximos dificultam trabalho de defensores

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Continente americano está entre as regiões mais perigosas para defensores de direitos humanos


Levantamento da Anistia Internacional aponta que Brasil e outros países próximos dificultam trabalho de defensores

Casal de rezadores foi encontrado morto e carbonizado na casa onde viviam na aldeia Guassuty, no Mato Grosso do Sul, em setembro de 2023 - Reprodução
O continente americano está entre os locais do mundo onde há mais risco para atuação de defensores de direitos humanos, e o Brasil está entre os países da região onde a situação é mais grave. É o que aponta o informe global O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, publicado nesta quarta-feira (24) pela Anistia Internacional.

Segundo o documento, defensores que atuam para proteger a terra e o meio ambiente enfrentaram em 2023 "riscos crescentes" – especialmente nos casos de negros, indígenas e mulheres. Além do Brasil, são citados Bolívia, Canadá, Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras e México como como países americanos com mais ameaças . 

Embora o levantamento não aponte casos específicos da realidade brasileira, é possível citar, por exemplo, as mortes de Sebastiana Gauto e Rufino Velasque, casal de rezadores Guarani e Kaiowá. Eles foram encontrados mortos e carbonizados na casa onde viviam na aldeia Guassuty, no Mato Grosso do Sul, em setembro do ano passado.

De acordo com a Anistia Internacional, "os governos e os agentes não estatais usaram uma variedade de ferramentas, como assédio, estigmatização, criminalização e assassinatos para impedir que os ativistas de direitos humanos realizassem seu trabalho essencial e legítimo em países como Brasil, Canadá, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Peru e Venezuela".

O informe publicado nesta quarta-feira aponta ainda uma série de outras violações de direitos cometidas no Brasil. O documento, que traz dados sobre a situação dos direitos humanos em 156 países, alerta para a violência policial em nosso país e cita o período entre julho e setembro de 2023, quando uma série de operações policiais causou ao menos 394 mortes só nos estados de Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

"Em relação ao uso da força policial, a situação é de descontrole. Ele começa com o órgão constitucionalmente responsável por controlar a atividade policial, o Ministério Público, sendo omisso e inoperante diante de graves violações de direitos humanos cometidos por agentes do Estado e termina com casos de letalidade policial que não são levados à justiça. O recado que o Estado reitera é de que a polícia tem carta branca para matar e cometer outras violações, sobretudo, contra comunidades negras e periféricas", avalia a diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck. 

O relatório também aponta que o Estado brasileiro segue ignorando medidas para redução da violência policial, como o uso de câmeras corporais, por exemplo. O documento destaca, ainda, que o abuso da força policial é um problema notório em países como Argentina, Canadá, Cuba, República Dominicana, Honduras, México, Peru, Porto Rico e EUA, e que muitas vezes a força desproporcional é usada com viés racista.

Mais violência

O documento publicado nesta quarta cita ainda uma série de outras violações que marcaram os países pelo mundo em 2023. Em relação à violência de gênero, por exemplo, foi destacado o fato de que pelo menos 19 pessoas morreram em decorrência de aborto inseguro no Brasil até julho. 

Também são apontadas violências cometidas contra os povos indígenas e, mais uma vez, o Brasil é um dos países onde mais episódios, como a crise de saúde pública vivida pelos Yanomami. O documento na íntegra está disponível aqui.

 

 

 

 

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